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Abin foi utilizada para monitoramento de desafetos dos filhos de Bolsonaro
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Conforme dados, Jair Renan e Flávio Bolsonaro tiveram os serviços da agência "à disposição".
- Por Camilla Ribeiro
- 25/01/2024 15h10 - Atualizado há 9 meses
A Polícia Federal (PF) está investigando membros da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) suspeitos de fornecer dados ilegalmente à família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Obtidos a partir do First Mile, a ferramenta de geolocalização usada de forma irregular com base nos números de celulares.
Jair Renan Bolsonaro, o filho mais novo do ex-presidente, e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) teriam acesso aos serviços da Abin.
Conforme as investigações, o monitoramento ilegal foi usado em momentos pessoais ou políticos.
As informações coletadas serviriam para ter o conhecimento onde desafetos de Jair Renan e Flávio estariam.
E ademais: com base na localização, seriam alvos de vigilância em 'campanas' por integrantes da Abin.
Durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL), a Abin foi liderada pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), delegado da Polícia Federal de carreira.
Houve suspeitas de que ele tenha utilizado a agência para espionar opositores políticos.
Nesta quinta-feira (25), a PF realizou buscas contra Ramagem em Brasília, no Rio de Janeiro e contra policiais federais.
A Operação Vigilância Aproximada investiga organização criminosa que teria se infiltrado na Abin com o objetivo de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas.
De acordo com as investigações, o grupo usava instrumentos de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial. Um dos softwares usados.
A operação é uma extensão das investigações da Operação Última Milha, que foi iniciada em outubro do ano passado.
Outra perspectiva
Em comunicado, o senador Flávio Bolsonaro nega que ter sido beneficiado pela Abin em qualquer circunstância e rejeita ainda a ideia como "um completo absurdo"
"E mentira que a Abin tenha me favorecido de alguma forma, em qualquer situação, durante meus 42 anos de vida. Isso é um completo absurdo e mais uma tentativa de criar falsas narrativas para atacar o sobrenome Bolsonaro", escreveu Flávio.
"Minha vida foi virada do avesso por quase cinco anos e nada foi encontrado, sendo a investigação arquivada pelos tribunais superiores com teses tão somente juridicas, conforme amplamente divulgado pela grande mídia" acrescentou o senador.
Alexandre Ramagem e a assessoria da Abin, ainda não deram retorno.